09 novembro 2007

Irmão de Abdullah Öcalan afirmou que o braço do PKK no Irão é apoiado por Israel


Israel apoia o Partido para a Vida Livre do Curdistão (Pejak), o braço iraniano do grupo terrorista Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), segundo o irmão do líder do PKK Abdullah Öcalan, preso na Turquia.
O jornal turco "Sabah" publicou na edição de ontem uma entrevista com Osman Öcalan, residente no norte do Iraque após ter abandonado o PKK, e cuja extradição ainda é exigida pela Turquia. "Os Estados Unidos e Israel querem estender a guerra do PKK ao Irão. [...] Acho que Israel está a ajudar o Pejak", disse Öcalan. Segundo o antigo membro do PKK, o Pejak foi criado entre Setembro e Outubro de 2003 e, durante os últimos anos, alargou-se à região curda do Irão superando em apoio outras organizações curdas do país. Osman Öcalan acrescentou que a entrada em cena do braço no Irão, provocou o aumento da presença de iranianos de origem curda no partido, pois "40% dos membros do PKK são oriundos da Turquia, 20% são curdos da Síria e 30% são curdos do Irão. Neste momento, no Iraque, há uma aliança curdo-iraniana. Os xiitas do Iraque são um braço do Irão. Há quem se assuste com o desenvolvimento desta aliança curdo-xiita. Não gostam do reforço das relações entre o Irão e a administração curda (no norte do Iraque)", afirmou Öcalan em referência aos temores israelitas sobre o regime da República islâmica. O ex-guerrilheiro curdo afirmou também que, ao contrário do que ocorre na Turquia, a luta do Pejak no Irão "poderia obter resultados. O Irão não é um país com tanto apoio internacional como a Turquia. O Exército iraniano não está tão organizado como o turco. O PKK poderia conseguir no Irão os resultados que não conseguiu na Turquia", ressaltou. Sobre os combates entre a Turquia e o PKK, Osman assegurou que um Exército profissional de 25 mil homens poderia eliminar o grupo. Apesar das Forças Armadas da Turquia (de alistamento obrigatório para todos os homens) terem actualmente mais de 600 mil soldados e quase 400 mil reservistas, em 20 anos não conseguiram acabar com o grupo armado curdo de entre 3.500 e 5.000 militantes. Afirmou igualmente que se a Turquia decretasse uma amnistia geral e respeitasse os direitos políticos e culturais dos curdos, o conflito seria solucionado.

(Fonte: Efe)

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