30 novembro 2007

Cronologia dos piores acidentes aéreos na Turquia


30 de Novembro de 2007 -- um avião modelo MD-83, da Atlasjet, cai numa montanha no sudoeste da Turquia (Isparta), matando as 57 pessoas que estavam a bordo. O avião partiu de Istambul com destino a Isparta.

26 de Maio de 2003 -- aeronave modelo Yakovlev 42D que transportava militares espanhóis em missão no Afeganistão cai perto de Maçka, em Trabzon, no nordeste da Turquia. Os 75 ocupantes morrem.

8 de Janeiro de 2003 -- avião cai ao aproximar-se da pista em Diyarbakır, no sudeste da Turquia. A decolagem era monitorada por instrumentos. Morreram 75 pessoas.

16 de Maio de 2001 -- avião com 34 ocupantes perde o contacto com a torre de controlo e cai perto de Malatya, no sudeste da Turquia. Os 34 ocupantes morreram.

29 de Dezembro de 1994 -- Boeing 737-400 com 76 passageiros a bordo choca contra uma montanha a 5.400 metros de altitude nas proximidades de Van, no sudeste da Turquia. Morreram 57 pessoas.

02 de Janeiro de 1988 -- Boeing 737-230 choca contra uma montanha perto de Seferihisar, na província de Izmir, e fica destruído. Os 16 ocupantes morreram.

16 de Janeiro de 1983 -- Boeing 727 tem problemas no momento da aterragem, desliza na pista e incendeia-se em Ancara. Morreram 47 dos 67 ocupantes.

23 de Dezembro de 1979 -- um Fokker F-28 choca contra uma montanha depois de perder o localizador. Um total de 41 dos 45 ocupantes morreram no acidente, nas proximidades da aldeia de Cücük, em Ancara.

19 de Dezembro de 1976 -- Boeing 727 que partia de Istambul choca contra as montanhas Karatepe, no sudoeste da Turquia, causando 154 mortos.
(Fonte: Folha Online)

Foram encontradas as caixas negras entre os destroços do avião

As "caixas negras" do avião da companhia turca Atlasjet, que se despenhou hoje na Turquia e causou a morte de todas as 57 pessoas a bordo, foram encontradas, anunciou a Autoridade da Aviação Civil.
A equipa de investigadores, que se deslocou ao local, "encontrou os aparelhos CVR e FDR, conhecidos como caixas negras, e continua a investigar no local do acidente", na província de Isparta, uma zona montanhosa do sudoeste da Turquia, declarou a autoridade em comunicado.
Os CVR (Cockpit Voice Recorder) destinam-se a registar as conversas da cabine de pilotagem e os FDR (Flight Data Recorder) a registar os dados do voo.
A investigação das conversas registadas nos dois aparelhos deverá permitir compreender as causas do acidente, hoje de madrugada, quando o avião se preparava para aterrar no aeroporto de Isparta.
As condições meteorológicas eram boas no momento do acidente e os pilotos, experientes, não referiram a existência de qualquer problema.
O aparelho, um McDonnell Douglas 83, levantou voo de Istambul às 00:51 locais (22:51 de quinta-feira em Lisboa), com 50 passageiros e sete tripulantes a bordo, entre os quais dois pilotos, um técnico e quatro hospedeiras.
Desapareceu dos radares às 01:36 locais (23:36 em Lisboa) pouco depois do piloto ter prevenido a torre de controlo que estava a iniciar a descida para aterrar no aeroporto de Isparta.
A Atlasjet, criada em 2001 e com uma frota de 15 aviões, tinha alugado o aparelho a uma outra companhia.
A companhia "low cost" foi criada em 2001 pelo operador de viagens turco Oger Tours. Com uma frota de 15 aparelhos, a empresa estabelece ligações com aeroportos turcos e estrangeiros, nomeadamente na Áustria, Itália, Espanha e Balcãs.
Em 2003, um avião da transportadora Turkish Airlines despenhou-se perto de Diyarbakır, região curda do sudeste do país, causando 75 mortos.


Avião despenhou-se na Turquia sem deixar sobreviventes


Um avião da companhia privada turca Atlasjet, que transportava 50 passageiros e sete membros da tripulação, despenhou-se hoje na região sudoeste da Turquia. As autoridades anunciaram que não há sobreviventes.
“Não há nenhum sobrevivente entre os passageiros e os membros da tripulação”, declarou Tuncay Doğaner, director-geral da companhia aérea de baixo custo às várias estações de televisão turcas.
O ministro dos Transportes, Binali Yildirim, confirmou que não existe “nenhum sinal de vida” no local onde o avião se despenhou, perto de uma colina a noroeste do aeroporto de Isparta.
O aparelho, um McDonnell Douglas 83, descolou de Istambul às 00h51 locais (22h51 em Lisboa), e desapareceu dos radares à 01h30 (23h30 em Lisboa), pouco depois do piloto ter informado a torre de controlo que estava a perder altitude para aterrar no aeroporto de Isparta, disse Tuncay Doğaner.
Os destroços do aparelho foram localizados pelos helicópteros de socorro numa colina próxima da aldeia de Cukuroren, a 10 quilómetros do aeroporto, segundo um comunicado do Ministério dos Transportes.
As condições meteorológicas eram favoráveis no momento em que o avião se preparava para aterrar, precisou Doğaner. “Não havia nem chuva nem neve no seu destino. O avião não tinha problemas técnicos. O piloto estava em comunicação com a torre de controlo até ao seu desaparecimento”, explicou Doğaner, garantindo que os pilotos tinham experiência.

(Fonte: AFP)

29 novembro 2007

Padre raptado na Turquia


Um padre da comunidade sírio-ortodoxa da Turquia foi ontem raptado no sudeste do país.
O Padre Daniel Savcı, de 55 anos, desapareceu quando se deslocava a uma paróquia junto ao mosteiro Mor Yakup. O seu carro foi encontrado, abandonado, numa estrada da região.
Outro sacerdote foi contactado por uma pessoa, via telemóvel, exigindo um resgate de 300 mil euros.

(Fonte: Agência Ecclesia)

Ruben Pereira sagrou-se vice-campeão mundial de xadrez em Antália

Ruben Pereira, jogador da Associação Académica da Amadora, tornou-se o primeiro xadrezista português a conquistar uma medalha individual em grandes competições internacionais, ao sagrar-se vice-campeão mundial na categoria de sub-16, em Antália, na Turquia. Aconteceu ontem, na última jornada do torneio, após um empate frente ao campeão mundial, o Romeno Ioan Cristian Chirila. "Fixei um objectivo, que era terminar entre os 10 primeiros, mas assumo que não esperava este resultado", afirmou o jovem após receber a medalha de prata. "Agora espero ter mais apoios para poder evoluir e construir uma carreira internacional no xadrez", acrescentou o jogador.
(Fonte: DN)

28 novembro 2007

ULEB Cup: Ovarense foi derrotada ontem em Istambul pelo Beşiktaş


A Ovarense somou, ontem, em Istambul, uma pesada derrota (101-74) frente ao líder Beşiktaş e afundou-se no último lugar do grupo B.

27 novembro 2007

Jornalista turca Zeynep Göğüş vai estar em Lisboa na próxima sexta-feira para um debate sobre as mulheres turcas e a Europa


A jornalista turca Zeynep Göğüş vai ser figura de destaque de um debate sobre a perspectiva das mulheres turcas em relação à integração do país na UE, na próxima sexta-feira, em Lisboa.
A conferência, que terá lugar no Edifício Jean Monnet, sede da delegação da Comissão Europeia em Portugal, às 15 horas, vai também comparar a situação das mulheres no modelo social europeu e na sociedade turca.
A jornalista turca convidada Zeynep Göğüş é uma europeísta convicta e membro da Associação Turca de Jornalistas, co-fundadora da KADER - Associação Turca de Apoio à Candidatura de Mulheres na Política - e presidente da Organização Não-Governamental TR Plus - Centro para a Turquia na Europa.
"A Turquia vai entrar pela porta da Europa no momento em que as políticas internacionais tornem desejável a sua integração na União Europeia", argumentou Göğüş, no site oficial da TR Plus.
Promovida pelo Centro de História Contemporânea e Relações Internacionais (CHRIS), em colaboração com a representação da Comissão Europeia (CE) em Portugal e a Embaixada da Turquia, a conferência-debate União Europeia/Turquia será a primeira de um ciclo de sessões sobre as mulheres e a Europa.
A sessão-debate, que tem também o apoio da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CCIG) e do Centro de Informação Europeia Jacques Delors, vai ser dirigida pela ex-eurodeputada Maria Belo e contará com as participações da chefe da representação da CE em Portugal, Margarida Marques, e Elza Pais, a presidente da CCIG.
Sobre o tema Mulheres e Europa, os relatórios europeus demonstram que os índices de empregabilidade feminina têm aumentado nos últimos anos. Dos oito milhões de postos de trabalho criados na UE, seis milhões são preenchidos por mulheres, segundo o relatório anual sobre a igualdade entre mulheres e homens, de 2007. Contudo, em média, uma mulher recebe um pagamento 15 por cento menor que um homem, por cada hora de trabalho. Também os índices de segregação ocupacional e hierárquico por género não mostram sinais de diminuir, segundo o relatório europeu.
Os Estados-membros da UE têm como objectivo criar uma política de emprego activa para mais e melhores empregos na Europa, com uma meta prevista de 60 por cento de taxa de empregabilidade feminina para 2010.
O CHRIS, promotor do ciclo de debates sobre as mulheres e a Europa, é uma organização cujas orientações passam pelo acolhimento de projectos inovadores de cultura e pensamento, a promoção de debates públicos e a criação de vínculos com entidades estrangeiras similares.

Para mais informações contactar:
CHRIS (Centro de História Contemporânea e Relações Internacionais)
Tel +351 213 620 576
Fax + 351 213 903 171
chris2@mail.telepac.pt

(Fonte: Diário Digital / Lusa)

Erdoğan promete aprofundar o processo de democratização para resolver os problemas do país


O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, afirmou que pretende que "os terroristas abandonem as armas", em referência ao ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), e prometeu aprofundar o processo de democratização como forma de resolver os problemas do país.
O chefe do Governo turco fez estas declarações durante o fim-de-semana, no encontro de três dias com deputados e dirigentes do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, no Governo) na vila de Kızılcahamam, a cerca de 70 quilómetros da capital turca, Ancara. No evento foram discutidas as políticas que o Governo, eleito em Julho, seguirá.
Enquanto a oposição pressiona a favor de uma operação além da fronteira no norte do Iraque para acabar com o grupo armado, Erdoğan reiterou que o seu principal objectivo é "fazer os terroristas largarem as armas". O primeiro-ministro também ressaltou que a democracia é a única forma de combater o problema do terrorismo enfrentado pela Turquia. "Usamos medidas políticas, militares e diplomáticas de um modo coerente para desbancar o terrorismo. Os que apoiam o terrorismo fazem tudo o que podem para nos deter e não esperamos que façam outra coisa", afirmou.
Erdoğan prometeu ainda que o seu segundo mandato será o da democratização definitiva da Turquia. "A liberdade é inimiga da violência e do terror. Embora alguns se incomodem com esta ideia, todas as experiências mostram que não há outro caminho", alegou. O passo mais importante para isto é a nova Constituição, cujo projecto será revelado em breve e que espera ser redigida com um amplo consenso social. "Daremos à minuta a sua forma final assegurando o maior número de participação social possível. Não será uma Constituição do AKP, mas reflectirá normas universais e acelerará o processo democrático", disse.
Em resposta às críticas dos partidos da oposição, que afirmam que o interesse do AKP é suspender a proibição do véu nas universidades, Erdoğan ressaltou que o projecto de revisão constitucional não se deveria focar em discussões sobre os códigos de vestuário. "Os debates sobre a Constituição de 1982 prolongaram-se durante 25 anos. Reduzi-los agora a questões de vestuário não faz sentido", ressaltou.

(Fonte: EFE)

23 novembro 2007

Turquia cria lei para bloquear acesso a sites "criminosos"


A Turquia começou hoje a vigiar o conteúdo da internet para prevenir possíveis crimes, mas algumas organizações temem que a nova lei seja usada para exercer censura.
A nova disposição legal estabelece que crimes potenciais devem ser estritamente vigiados: crimes contra Mustafa Kemal Atatürk, fundador da Turquia moderna, abuso sexual de menores, uso de drogas e sua promoção, propaganda de mercadorias que prejudiquem a saúde, conteúdos obscenos, prostituição e jogos de azar.
Para prevenir o acesso a sites desse tipo é necessária uma decisão judicial, mas, em situações de emergência, o procurador poderá ditar a proibição por sua conta.

Fikret İlkiz, advogado de várias organizações turcas de jornalistas, disse ao canal de televisão turco "NTV" que "eliminar material prejudicial de um site é uma coisa, e proibir o acesso à página é outra. Fechar um site significaria violar a liberdade de expressão".
Segundo İlkiz, também varia de pessoa para pessoa a definição do obsceno e, "neste caso, o Conselho de Telecomunicações decidirá sobre o que é obsceno ou não, o que constitui, sem dúvida, uma forma de censura".
O presidente do Conselho de Telecomunicações, Tayfun Acarer, disse que o cumprimento da lei não se baseará nas suas próprias decisões, mas em "critérios internacionais", e afirmou que essas medidas não se tratam de censura.

(Fonte: EFE)

Turquia foi apurada para o Euro 2008


A Turquia garantiu a presença na fase final do Euro 2008, ao vencer em casa a Bósnia-Herzegovina por 1-0. Nihat marcou o único golo da partida, aos 43 minutos.

22 novembro 2007

Nihat coloca Turquia no Euro

A Turquia garantiu a presença na fase final do EURO 2008, depois de Nihat Kahveci ter validado o triunfo, perante uma aguerrida Bósnia-Herzegovina.
Nihat marcou no final de um primeiro tempo que a equipa de Fatih Terim dominou, mas o golo solitário originou alguns momentos de aperto para a formação da casa. No entanto, os três pontos valeram o segundo lugar no Grupo C, à frente da Noruega.
Com a Noruega a defrontar Malta na derradeira jornada, e com apenas um ponto a separar o conjunto de Terim dos Escandinavos, a Turquia precisava de vencer para ser apurada. Nihat, por duas vezes, e Arda Turan obrigaram o guardião Adnan Gušo a três boas intervenções e, excepção feita a um remate ao lado de Branislav Krunić, os anfitriões dominaram.
Nihat, uma ameaça constante para a formação orientada por Fuad Muzurović, conseguiu finalmente chegar ao golo a dois minutos do intervalo. Hamit Altıntop desmarcou-se no flanco esquerdo e cruzou para o avançado do Villarreal CF, que facturou sem problemas.
A Bósnia-Herzegovina entrou no segundo tempo com uma atitude mais positiva. Edin Džeko obrigou Rüştü Reçber a uma boa intervenção e as iniciativas ofensivas dos Turcos eram agora bem mais raras. Emre Belözoglu acalmou a ansiedade da equipa da casa através de cobrança de um livre, que saiu ao lado. Terim procurou fazer o mesmo, quando trocou por Nihat por Gökdeniz Karadeniz. A estratégia provou ser a melhor, com a Turquia a superar a Noruega na tabela classificativa para garantir o segundo lugar, atrás da Grécia, e uma presença na Áustria e na Suíça.


(Fonte: UEFA)

21 novembro 2007

Presidência portuguesa da UE quer abrir novos capítulos nas negociações com a Turquia

A presidência portuguesa da União Europeia pretende ainda durante o seu mandato, abrir novos capítulos nas negociações de adesão com a Turquia, disse ontem, em Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
"Pensamos que é possível e, mais do que isso, queremos que seja possível, porque estamos muito empenhados em manter este processo nos carris", afirmou Luís Amado, que preside até final do ano ao Conselho de Ministros da UE, depois de uma reunião da "troika" UE-Turquia.
"Do nosso ponto de vista, é fundamental abrir mais alguns capítulos durante a presidência portuguesa", precisou.
Questionado sobre uma data concreta para a abertura de novos capítulos das negociações, Luís Amado indicou que "talvez a 18 de Dezembro", garantindo que a presidência portuguesa está a trabalhar com vista a "criar as condições políticas" para que tal seja possível.
Relativamente à oposição da França ao processo de adesão da Turquia, Amado considerou natural haver diferentes sensibilidades entre os vários Estados-membros, - "razão pela qual existe uma conferência intergovernamental" -, e sublinhou que à presidência cabe manter o processo negocial em curso, sem ignorar a posição da França.
O comissário europeu responsável pelo Alargamento, Oli Rehn, indicou que a Comissão também é favorável à abertura de novos capítulos, precisando que é possível abrir mais dois até final do ano (e da presidência semestral portuguesa), designadamente os relativos às "Redes transeuropeias de transportes" e "Saúde e protecção do consumidor".
Por seu turno, o ministro dos Negócios Estrangeiros e chefe negociador turco, Ali Babacan, também presente na conferência de imprensa, reafirmou o empenho da Turquia em se alinhar com o acervo (legislação) comunitário e agradeceu à presidência portuguesa da UE "os esforços construtivos" que tem envidado no processo.
Os 27 iniciaram oficialmente negociações de adesão com a Turquia em Outubro de 2005, as quais estão organizadas em 35 capítulos temáticos, mas as conversações têm decorrido a um ritmo muito lento, tendo sido abertos apenas quatro até ao momento: "Ciência e Tecnologia", "Indústria", "Controlo Financeiro" e "Estatísticas".
O processo conheceu um grande revés em Dezembro de 2006, quando, devido à recusa de Ancara em abrir os seus portos a Chipre (membro da UE desde 2004), Bruxelas decidiu congelar oito dos 35 capítulos da negociação, todos eles relacionados com o Protocolo de Ancara de livre comércio entre a UE e a Turquia.

(Fonte: Diário Digital)

18 novembro 2007

Partido curdo com assento no Parlamento poderá ser ilegalizado por apoiar o PKK


O Tribunal Supremo da Turquia enviou ao Tribunal Constitucional, na passada sexta-feira, um relatório a pedir a ilegalização do Partido da Sociedade Democrática (DTP, nacionalista curdo) devido às suas relações com o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
A decisão sobre a ilegalização do DTP cabe agora ao Tribunal Constitucional, principal órgão judicial da Turquia.
O procurador-chefe do Tribunal Supremo, Abdurrahman Yalçınkaya, acusou o DTP de "ocupar um lugar central nas atividades da organização terrorista separatista PKK", e por isso exigiu a sua ilegalização.
Outros partidos pró-curdos foram ilegalizados nos últimos 15 anos, mas o DTP foi o primeiro a conseguir estabelecer um grupo parlamentar próprio no Parlamento turco, ao conseguir eleger 20 deputados. O DTP conseguiu essas cadeiras nas eleições de Julho, utilizando a táctica de apresentar candidatos independentes e, assim, burlar a barreira eleitoral de 10% de votos a nível nacional para entrar no Parlamento.
Em 1993, vários deputados nacionalistas curdos conseguiram entrar no Parlamento em coligação com um partido social-democrata. No entanto, a sua atitude provocadora relativamente à escalada de violência do conflito curdo, fez com que o Partido da Democracia (DEP) fosse ilegalizado, a imunidade parlamentar dos deputados curdos suspensa e quatro deputados fossem presos.
Os dirigentes do DTP afirmaram, após serem escolhidos, que não repetiriam "os erros do passado", mas o aumento da violência do PKK e a sua recusa em condenar as acções terroristas do grupo separatista, aumentaram a pressão a favor de sua ilegalização.
Na passada quinta-feira, o deputado do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, no Governo) Dengir Mir Mehmet Fırat, de origem curda, criticou as tentativas de linchamento do DTP e os pedidos da oposição para a sua ilegalização. Fırat alegou que a suspensão da imunidade parlamentar compete ao poder judiciário e não ao político.

(Fonte: Efe)

16 novembro 2007

Erdoğan nega que a Turquia esteja a realizar operações militares além da fronteira


O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, negou ontem que esteja em andamento uma operação militar além da fronteira no norte do Iraque contra as bases da guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
A declaração foi feita em entrevista colectiva concedida no aeroporto Esenboğa de Ancara, minutos antes do chefe do Governo turco viajar para a República checa em visita diplomática. "Neste momento, as nossas forças de segurança estão dentro dos limites do nosso país e as operações continuam (dentro da Turquia). As alegações de operações além das fronteiras não são correctas", disse Erdoğan. O primeiro-ministro turco desmentiu desta forma as informações da rede de televisão turca "NTV" e da imprensa curdo-iraquiana, que na última terça-feira afirmaram que aviões de combate turcos tinham bombardeado alvos no norte do país vizinho.
O Estado-Maior do Exército turco também negou que os seus aviões tivessem ultrapassado a fronteira com o Iraque. "Nenhum avião das Forças Aéreas da Turquia ultrapassou a fronteira. As notícias são completamente falsas", disse ontem o comandante Aydoğan Babaoğlu em entrevista colectiva concedida na República Turca do Norte do Chipre.
Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ali Babacan, admitiu que continua a troca de informação de espionagem em tempo real com o Exército dos Estados Unidos, o que foi confirmado hoje por Erdoğan. Numa comissão parlamentar, o chefe da diplomacia turca disse que os Estados Unidos "já estão a fornecer à Turquia informação real e oportuna" sobre as posições dos militantes do PKK no norte do Iraque.
A Turquia acredita que cerca de 3.500 rebeldes do PKK, organização considerada terrorista pelos EUA e pela União Européia (UE), encontram refúgio na zona montanhosa do norte do país vizinho, de onde entram na Turquia para cometer atentados. Em Outubro, o Parlamento turco concedeu ao Governo o poder de decretar operações militares contra o PKK no norte do Iraque e, desde então, o Exército posicionou mais de 100 mil soldados nas províncias fronteiriças com o Iraque.

(Fonte: EFE)

15 novembro 2007

Talabani acredita que a crise Iraque-Turquia terminou "em paz"

O presidente do Iraque, Jalal Talabani, considerou ontem encerrada a crise com a Turquia, e afirmou que a situação se desenvolveu "em paz", em entrevista publicada no site do jornal do Kuweit Al-Rai al-Am.
No entanto, na véspera a Turquia lançou ataques no norte do Iraque contra redutos do Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK), refugiados nas montanhas do Curdistão iraquiano.
Talabani, de etnia curda, rejeitou a possibilidade do Curdistão iraquiano se proclamar independente, pois "cortaria as relações com a Turquia, Irão e Síria, e perderia o contacto com o mundo. [...] Como poderia sobreviver como Estado?", disse.

(Fonte: Diario Digital)

14 novembro 2007

Sarkozy rejeita adesão da Turquia à UE


O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reafirmou ontem a sua oposição a uma adesão da Turquia à União Europeia durante um debate à porta fechada com parlamentares europeus.
O presidente disse que a Turquia é um país de 100 milhões de habitantes que não se situa na Europa, mas na Ásia Menor, e que não quer ser ele a ter de explicar aos alunos franceses que as fronteiras da Europa se encontram na Síria. O chefe de Estado francês fez estes comentários numa reunião à porta fechada com os presidentes dos grupos políticos do Parlamento Europeu, em Estrasburgo. No discurso perante o Parlamento europeu, Sarkozy não evocou este assunto sensível. Durante a reunião com os responsáveis dos grupos parlamentares, "ele disse que seria hipócrita se prometesse aos Turcos que podiam aderir à UE, o que com ele não acontecerá, e que para ele a Turquia não pertence à Europa", revelou o líder dos socialistas Martin Schulz.

(Fonte: Jornal de Notícias)

Helicópteros turcos atacaram vilas abandonadas no norte do Iraque

Helicópteros turcos atacaram ontem vilas abandonadas no norte do Iraque, na primeira acção aérea na região desde que a tensão na fronteira teve início, após confrontos entre soldados e membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).
Foi também a primeira acção de grande envergadura da Turquia contra rebeldes curdos desde que o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdoğan, se reuniu com o presidente George W. Bush, em Outubro.
O coronel Hussein Tamir, que supervisiona a fronteira, afirmou que os ataques aéreos ocorreram antes do amanhecer em vilas abandonadas próximas de Zakhu, uma cidade curda localizada perto da fronteira com a Turquia. Não houve vítimas na acção, disse.
Um porta-voz do PKK confirmou a acção aérea e disse que confrontos esporádicos ocorrem do lado turco da fronteira desde segunda-feira.
Também ontem, os rebeldes mataram quatro soldados turcos num confronto no sudeste da Turquia.
Mais de 50 militares turcos morreram numa série de ataques rebeldes desde Setembro.
A Turquia afirma ter morto dezenas de rebeldes desde então, sem especificar o número.
Os EUA e o Iraque pressionam para que a Turquia evite uma incursão de larga escala contra o PKK no norte do Iraque, o que poderia desestabilizar a área mais pacífica do país.
As autoridades norte-americanas concordaram, no entanto, em partilhar com a Turquia informações dos serviços secretos sobre posições de rebeldes curdos, permitindo acções limitadas na região.
"Os EUA declararam o PKK um inimigo comum. A luta contra este inimigo será mantida até que ele seja eliminado", disse ontem Erdoğan no Parlamento.
Dezenas de milhares de soldados turcos foram destacados para o sudeste do país, à espera de uma eventual incursão no Iraque.
Os curdos são cerca de 20 milhões em países como a Turquia, o Irão, o Iraque e a Síria.
A maioria vive no sudeste da Turquia, onde o PKK luta por uma região autónoma desde 1984. O conflito já matou cerca de 40 mil pessoas.

(Fonte: Diário Digital)

13 novembro 2007

Ancara é palco de encontro entre Abbas e Peres


Chegou ontem a Ancara o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, para participar no 7º Fórum de Ancara, liderado por Abdullah Gül, que vai decorrer no palácio presidencial.
Abbas e Peres vão participar ambos no fórum, que teve a sua primeira edição em Abril de 2005, em Ancara, numa iniciativa do então ministro dos Negócios Estrangeiros Abdullah Gül e que tem sido chamado a partir dessa altura de Fórum de Ancara para a Cooperação Económica e cujo encontro mais recente aconteceu em Setembro em Jerusalém.
O governo turco espera ouvir uma decisão da liderança de Abbas relativamente à quantidade de terreno que poderá ser utilizado na construção de um grande parque industrial em West Bank e que criaria empregos para milhares de Palestinianos.
O fórum e o projecto está a ser conduzido pela Associação Comercial Turca (TOBB), pela Associação Industrial Israelita e pela Federação Palestiniana de Comércio, Indústria e Agricultura (FPCCIA).

Os oito soldados libertados pelo PKK foram detidos pelo Exército turco


Os oito soldados que foram capturados pelo PKK na província de Hakkari durante uma emboscada que matou 12 soldados turcos, foram presos no Sábado por ordem do Tribunal Militar de Van.
Os oito homens vão agora ser julgados com base na "existência de fortes evidências de que foi cometido um crime de insistência de desobediência de ordens que causou grave dano."
O tribunal também acusa os jovens de terem atravessado a fronteira sem permissão.
A acusação contra os oito soldados foi emitida em Ancara logo após terem sido libertados e terem regressado à Turquia na passada semana.
O gabinete do procurador militar de Van decidiu que os jovens estarão presentes em tribunal acusados do crime de desobediência de ordens. A declaração do procurador tambem refere que o “teor e grau do crime quebrou largamente a disciplina militar.”
Ramazan Korkmaz, o advogado que representa os oito soldados, disse que os soldados negaram todas as acusações.
Desde que regressaram à Turquia, estes soldados, todos eles Curdos, têm sido acusados de ajudarem a promover a propaganda do PKK.
Também estão a ser investigados três deputados do DTP (Partido pró-curdo com assento no Parlamento), que viajaram até ao norte do Iraque para negociarem a libertação dos oito soldados.
Participaram nessas negociações, representantes do governo do norte do Iraque e soldados norte-americanos.

12 novembro 2007

Shimon Peres disse em Ancara que a paz entre Israelitas e Palestinianos é possível


O presidente de Israel, Shimon Peres, afirmou hoje durante uma visita à Turquia que acredita na possibilidade de paz entre o seu país e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). "Eu acredito que nós podemos agora fazer a paz com os Palestinianos", declarou Peres em Ancara, durante uma entrevista conjunta com o presidente da Turquia, Abdullah Gül.
No entanto, Peres disse que o processo dificilmente avançará rapidamente. "É preciso tempo para se fazer a paz", declarou.
Os comentários de Peres surgem algumas semanas antes da realização de uma conferência sobre a paz no Médio Oriente, patrocinada pelos Estados Unidos, com o objectivo de relançar o processo de negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos.
Gül, por sua vez, disse que o seu país espera que a conferência proporcione "resultados concretos e tangíveis" e que a Síria também seja convidada a participar.
Peres elogiou a participação de "todos os Estados moderados". Segundo ele, "a voz da paz ficará mais forte e mais alta" se mais países participarem. Advertiu para expectativas "excessivamente optimistas", mas disse considerar que a conferência será "um ponto de partida".

(Fonte: Agência Estado)

11 novembro 2007

Manifestações contra o PKK na Alemanha


Milhares de turcos fizeram ontem uma passeata tranquila em Munique e Frankfurt, duas cidades alemãs onde vivem importantes comunidades turcas, para protestar contra "a política de terror" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Em Munique, cerca de 3.000 manifestantes reuniram-se numa praça histórica antes de iniciar uma passeata pelas ruas do centro. A manifestação terminou sem incidentes, segundo a polícia.
Em Frankfurt, entre 1.000 e 3.000 manifestantes atenderam ao pedido das "organizações turcas democratas que querem reunir-se pela paz na Turquia", destacou a polícia da capital financeira da Alemanha.
O PKK, considerado pela União Europeia e pelos Estados Unidos uma organização terrorista, é considerado ilegal na Alemanha desde 1993.
Cerca de 2,4 milhões de pessoas oriundas da Turquia vivem na Alemanha.

(Fonte: AFP)

09 novembro 2007

Irmão de Abdullah Öcalan afirmou que o braço do PKK no Irão é apoiado por Israel


Israel apoia o Partido para a Vida Livre do Curdistão (Pejak), o braço iraniano do grupo terrorista Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), segundo o irmão do líder do PKK Abdullah Öcalan, preso na Turquia.
O jornal turco "Sabah" publicou na edição de ontem uma entrevista com Osman Öcalan, residente no norte do Iraque após ter abandonado o PKK, e cuja extradição ainda é exigida pela Turquia. "Os Estados Unidos e Israel querem estender a guerra do PKK ao Irão. [...] Acho que Israel está a ajudar o Pejak", disse Öcalan. Segundo o antigo membro do PKK, o Pejak foi criado entre Setembro e Outubro de 2003 e, durante os últimos anos, alargou-se à região curda do Irão superando em apoio outras organizações curdas do país. Osman Öcalan acrescentou que a entrada em cena do braço no Irão, provocou o aumento da presença de iranianos de origem curda no partido, pois "40% dos membros do PKK são oriundos da Turquia, 20% são curdos da Síria e 30% são curdos do Irão. Neste momento, no Iraque, há uma aliança curdo-iraniana. Os xiitas do Iraque são um braço do Irão. Há quem se assuste com o desenvolvimento desta aliança curdo-xiita. Não gostam do reforço das relações entre o Irão e a administração curda (no norte do Iraque)", afirmou Öcalan em referência aos temores israelitas sobre o regime da República islâmica. O ex-guerrilheiro curdo afirmou também que, ao contrário do que ocorre na Turquia, a luta do Pejak no Irão "poderia obter resultados. O Irão não é um país com tanto apoio internacional como a Turquia. O Exército iraniano não está tão organizado como o turco. O PKK poderia conseguir no Irão os resultados que não conseguiu na Turquia", ressaltou. Sobre os combates entre a Turquia e o PKK, Osman assegurou que um Exército profissional de 25 mil homens poderia eliminar o grupo. Apesar das Forças Armadas da Turquia (de alistamento obrigatório para todos os homens) terem actualmente mais de 600 mil soldados e quase 400 mil reservistas, em 20 anos não conseguiram acabar com o grupo armado curdo de entre 3.500 e 5.000 militantes. Afirmou igualmente que se a Turquia decretasse uma amnistia geral e respeitasse os direitos políticos e culturais dos curdos, o conflito seria solucionado.

(Fonte: Efe)

07 novembro 2007

Comunidades cristãs reuniram-se na Turquia para rezarem pela paz no Médio Oriente


Em face do perigo de um conflito militar entre a Turquia e o Curdistão iraquiano, as comunidades cristãs do sudeste da Turquia e do norte da Síria reuniram-se para rezar pela paz.
No aniversário da morte de S. João Crisóstomo, mais de 330 fiéis cristãos de diversas confissões, dirigiram-se de Alepo, no norte da Síria, para Antioquia, na Turquia, para uma celebração solene na igreja ortodoxa da cidade. Entre os participantes estiveram o secretário da Conferência Episcopal da Turquia, Padre Mauro Pesce, o Vigário Apostólico da Anatólia, Dom Luigi Padovese, 12 irmãs Missionárias da Caridade, entre outros bispos e expoentes religiosos greco-católicos. O discurso oficial foi pronunciado pelo Bispo ortodoxo de Alepo, que disse: "Estamos unidos na lembrança de São João Crisóstomo. Trabalhamos para nos unirmos ainda mais e nos chamarmos unicamente cristãos, em paz e unidade".
Todos os bispos presentes expressaram a vontade das diversas comunidades cristãs de trabalhar pela paz em todo o mundo e, em especial, no Médio Oriente.

(Fonte: Rádio Vaticano)

UE critica lentidão de reformas na Turquia e diz que adesão só será possível a médio ou longo prazo


A Comissão Europeia publicou ontem um relatório sobre as negociações de adesão da Turquia à União Europeia (UE), onde menciona a lentidão das reformas, referindo que houve apenas "progressos limitados" em 2007.
No entanto, uma das exigências europeias, o fim do artigo 301º, que restringe a liberdade de expressão, pode ser satisfeita em breve. Em resposta ao relatório, a Turquia prometeu reforçar a "determinação em remediar as deficiências" e aceitou rever a controversa lei.
Depois de elogiar a resolução da crise política turca, o relatório critica a ausência de melhorias na questão da influência dos militares e na corrupção. Segundo explicou o comissário responsável pelo alargamento, Olli Rehn, as instituições democráticas foram "reforçadas", em 2007, e chegou o momento "da Turquia recuperar o impulso do processo de reforma". O comissário Rehn também apelou à UE para que respeite os seus compromissos com a Turquia, pois sem isso Ancara terá escassos incentivos para avançar com as reformas políticas e económicas. "Podemos exigir as reformas, mas será como falar com um muro", explicou o comissário. Por outro lado, Bruxelas recomendou a abertura, nas próximas semanas, de dois dos 35 capítulos das negociações. Refira-se que outros quatro capítulos já estão abertos e oito foram suspensos, como forma de pressão sobre Ancara. Para poder aderir, um país candidato deve encerrar as negociações em todos os 35 capítulos, aceitando adquirir a legislação europeia.
Ancara regista atrasos em temas como justiça, relação entre poder militar e político, direitos das minorias e dos consumidores. Em relação à Turquia e aos países dos Balcãs, a Comissão considera que qualquer perspectiva de adesão só será possível a "médio ou longo prazo".

(Fonte: DN)

Bruxelas quer que a Turquia elimine o artigo 301º do seu Código Penal


A Turquia tem de eliminar as restrições à liberdade de expressão e religião, se pretende que a União Europeia (UE) abra os próximos capítulos das negociações para sua entrada no clube europeu.

O aviso foi feito ontem, em Bruxelas, pelo comissário responsável pelo Alargamento, na apresentação do relatório anual da Comissão Europeia sobre o ponto de situação das negociações de adesão dos países candidatos à UE (Turquia e Croácia ), mas também daqueles com quem negoceia ou tem já um Acordo de Associação e Estabilização (AAE).
Bruxelas pretende que a Turquia elimine o artigo 301.º do seu Código Penal que restringe a liberdade de expressão, ou poderá ver o processo "congelado", já que este "deve ser um elemento de referência" para abrir o capítulo da discussão sobre questões judiciais e direitos humanos, declarou Olli Rehn.

(Fonte: Jornal de Notícias)

Turquia não descarta operação militar no norte do Iraque


A Turquia continua determinada a utilizar a opção militar contra os campos dos terroristas do PKK no norte do Iraque, anunciou ontem o gabinete de imprensa do primeiro-ministro turco, que congratula ainda a cooperação manifestada pelos Estados Unidos.
No dia seguinte ao encontro em Washington, do primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan com o Presidente norte-americano, George W. Bush, um comunicado do gabinete do chefe do governo turco sublinha que Ancara “continua determinada a tomar medidas políticas, diplomáticas e militares no quadro da autorização do Parlamento para lutar contra os focos terroristas”.
Em Outubro, os deputados turcos deram "luz verde" ao governo para realizar, caso seja necessário, operações militares transfronteiriças contra as bases recuadas dos separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) estabelecidas no Curdistão iraquiano. O documento congratulou a “vontade política comum”, manifestada na última segunda-feira durante o encontro Erdoğan-Bush na Casa Branca, de lutar contra o terrorismo, e em particular contra o PKK. “As partes evocaram neste encontro os princípios fundamentais de uma cooperação diversificada e substancial contra o terrorismo do PKK”, precisa o texto, e acrescenta que se chegou “a um acordo para medidas urgentes neste domínio”.
No final da reunião com Erdoğan, Bush anunciou uma nova parceria entre os exércitos norte-americano e turco e o comando central norte-americano no Iraque, para melhorar a partilha de informações. “Foi decidido, neste contexto, reforçar os canais de comunicação directos, para garantir a coordenação operacional das nossas instâncias [militares], particularmente a necessidade de uma partilha urgente de informações fiáveis”, acrescenta o comunicado do gabinete do primeiro-ministro. No entanto, Bush esquivou-se às perguntas sobre um possível ataque turco no norte do Iraque, qualificando-o de hipotético, preferindo sublinhar que Ancara pode contar com o apoio dos Estados Unidos na luta contra o PKK.
A viagem de Erdogan aos Estados Unidos era muito aguardada na Turquia, onde a opinião pública e a oposição parlamentar pressionam o governo para ordenar a entrada do Exército no norte do Iraque.

(Fonte: O Primeiro de Janeiro)

Deputados pró-curdos que mediaram a libertação dos soldados turcos estão a ser investigados


A Procuradoria de Ancara abriu uma investigação contra três deputados do Partido da Sociedade Democrática (DTP, pró-curdo) que mediaram com o Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK) a libertação dos oito soldados capturados pelo grupo terrorista.
Aysel Tuğluk, Fatma Kurtulan e Osman Özçelik viajaram no Sábado para Erbil (norte do Iraque) para mediarem com o PKK a libertação dos soldados capturados, que foram libertados no Domingo.
Também intermediaram a operação as autoridades curdas do norte do Iraque e o comandante das forças multinacionais de ocupação no Iraque, David Petraeus.

Segundo as autoridades turcas, o papel dos deputados não está claro. "Soubemos um dia antes que nossos soldados seriam libertados, e antes dos três deputados chegarem ao norte do Iraque", criticou o porta-voz do Governo turco, Cemil Çiçek.
A polémica aumentou com a publicação de fotografias do momento da libertação dos soldados, que tiveram de esperar em formação enquanto os deputados curdos assinavam um documento sobre uma mesa coberta com uma imensa imagem do líder preso do PKK, Abdullah Öcalan.
"Nenhum membro das Forças Armadas turcas deveria ter passado por essa situação", lamentou o ministro da Justiça da Turquia, Mehmet Ali Şahin.
A imprensa turca e a oposição criticaram duramente o papel do DTP, acusado de tentar negociar com os terroristas.
Enquanto isso, os deputados afirmaram que o governo turco do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP) sabia da viagem e da mediação, o que foi desmentido pelo Executivo.
Os oito soldados turcos libertados também estão sob investigação militar para averiguação de mais detalhes do cativeiro.
Em 1996, vários deputados turcos e curdos foram investigados por participarem na mediação com o PKK para a libertação de soldados capturados, mas não foram condenados.

(Fonte: Efe)

Comissão Europeia pede à Turquia para dar mais direitos à minoria curda

Multidão curda celebra o Nevruz


A Turquia deve eliminar as restrições à liberdade de expressão e melhorar a situação dos direitos da minoria curda para poder entrar na União Europeia (UE), afirmou ontem a Comissão Europeia.
A Comissão Europeia apresentou ontem o seu relatório anual sobre os progressos da Turquia e de outros países que querem entrar na UE. A eliminação dos artigos que restringem a liberdade de expressão "devem ser um elemento de referência" para abrir o capítulo das negociações sobre questões judiciais e direitos humanos, afirmou o comissário para o Alargamento da UE, Olli Rehn.

(Fonte: Efe)

Abdullah Gül diz que a Turquia já tomou uma decisão relativamente ao PKK


O presidente da Turquia, Abdullah Gül, disse ontem em Ancara que a Turquia "já tomou uma decisão" quanto à luta contra o PKK, e que "já a tinha tomado antes da visita do primeiro-ministro a Washington", na segunda-feira.
Em declarações à imprensa antes de iniciar uma visita oficial ao Azerbaijão, o presidente ressaltou que a ida de Erdoğan aos Estados Unidos serviu para comunicar a decisão às autoridades americanas.
"O objectivo da Turquia está claro. O país que dá mais importância à estabilidade do Iraque é a Turquia. Os EUA estão comprometidos com a luta contra o terrorismo. O objetivo da Turquia é acabar com o PKK. Os EUA estão comprometidos a colaborar", disse Gül.
Erdoğan reuniu-se na segunda-feira com o presidente dos EUA, George W. Bush, que prometeu mais apoio na luta contra o PKK, cujas bases se localizam no norte do Iraque.

(Fonte: Efe)

05 novembro 2007

O 2º tenente Furkan Işık

Furkan Işık, um jovem turco de 22 anos, concluiu os estudos universitários em 2006. No Verão desse mesmo ano, decidiu cumprir o serviço militar obrigatório. Digo decidiu, porque apesar do serviço militar ser obrigatório na Turquia, os homens turcos podem adiá-lo e fazê-lo na altura que melhor acharem conveniente, até um certo limite de idade.
Por ser licenciado, Furkan pôde escolher fazer o serviço militar durante 6 meses como soldado, ou durante doze meses como 2º tenente. Esta "escolha" foi depois sujeita à aprovação do Exército. Teve igualmente de aguardar a notícia do local onde deveria cumprir o serviço militar. Esse destino veio a revelar-se o pior possível: Şırnak, no sudeste da Turquia, na fronteira com o norte do Iraque, um dos palcos mais sangrentos das lutas entre o Exército turco e os terroristas do PKK. Furkan teria de cumprir o serviço militar nesse local, durante 12 meses, como 2º tenente.
No dia 1 de Setembro de 2006, quando patrulhava uma zona montanhosa com o tenente Ahmet Şevki Evin e com o soldado Mehmet Öztürk, às 5 da tarde, uma bomba foi detonada à distância. Não teve morte imediata como os seus dois companheiros, mas veio a falecer no Hospital Militar de Diyarbakır.

PKK libertou os oito soldados turcos que tinha capturado


Oito soldados turcos que tinham sido capturados pelos separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no dia 21 de Outubro, regressaram ontem à Turquia depois de terem sido libertados pelo PKK.
O sequestro aconteceu durante um ataque do PKK no sudeste da Turquia, que causou a morte de 12 soldados turcos e gerou ameaças de intervenção militar turca no Iraque.
Os militares foram libertados às 7,30 horas locais, de acordo com Abdurrahman Cadirci, do PKK, que declarou que "a libertação se tornou possível com a mediação do governo do Curdistão iraquiano e de um dirigente do Partido para uma Sociedade Democrática" (DTP, partido pró-curdo da Turquia). "Eu entreguei pessoalmente os oito soldados às autoridades curdas iraquianas", disse.
"Nós fomos [no Sábado à noite] a uma região a cerca de três horas de Erbil - não sabemos se era na Turquia ou no Iraque - quando os membros do PKK chegaram com os soldados", disse Osman Özçelik, um deputado do DTP presente no momento da libertação.
"Eles estavam em boa condição de saúde. Depois, recuperámo-los e seguimos para Erbil, onde os entregamos às forças americanas", disse.
Os ex-prisioneiros embarcaram então num avião americano, informou o primeiro-ministro da região curda do Iraque, Nechirvan Barzani, numa entrevista à CNN-Türk. "Mas em seguida trocaram de avião e entraram na Turquia num aparelho turco", acrescentou.
Em comunicado, o governo autónomo do Curdistão iraquiano considerou que a libertação dos soldados aconteceu na sequência de "esforços pessoais do presidente da região curda, Massoud Barzani, do presidente Jalal Talabani e do primeiro-ministro da região curda, Nechirvan Barzani".
O Exército turco, que nunca confirmou a captura dos soldados, mas admitiu ter "perdido o contacto" com eles, anunciou em comunicado que os militares "reintegraram as forças turcas".
Esta libertação acontece nas vésperas de um encontro crucial em Washington entre o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, e George W. Bush.
Erdoğan afirmou no Sábado que pediria a Bush "medidas urgentes e substanciais" contra o PKK.
Os Estados Unidos congratularam, em comunicado do Departamento de Estado, os "esforços do governo iraquiano" que permitiram a libertação dos soldados. Além disso, pediram ao Iraque e à Turquia o "aprofundamento imediato da cooperação na luta contra o PKK, inimigo comum da Turquia, do Iraque e dos Estados Unidos".

(Fonte: AFP)

04 novembro 2007

Presidência portuguesa da UE considera "inaceitável" interrupção na adesão da Turquia


A presidência portuguesa está a trabalhar para a continuidade das negociações de adesão da Turquia à União Europeia e considera "inaceitável" uma interrupção brusca do processo, disse ontem o presidente do conselho de ministros da UE, Luís Amado.
"A presidência portuguesa está precisamente a fazer um esforço para que o processo não seja congelado", disse Luís Amado à imprensa, depois de se ter reunido com o presidente, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, à margem da conferência de Istambul sobre o Iraque.
"Seria um erro interromper um processo que deve contar com boa fé das duas partes", acrescentou, frisando que "a Turquia tem feito um esforço para poder convergir com os critérios da UE".
Segundo Luís Amado, "seria inaceitável que se procedesse a uma interrupção brusca".
Ressalvando que o processo negocial "não depende da presidência mas de todos os Estados membros", o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse ter dado "algumas garantias ao Governo turco" de que a presidência está a trabalhar para manter as negociações em curso.
Questionado se a Turquia tem razões para se sentir discriminada em relação a outros países candidatos, Amado considerou que não mas que há elementos que podem levar Ancara a duvidar da boa fé negocial da União Europeia.
"É conhecido que têm sido colocados alguns entraves, mas a pressão sobre o Governo turco para que haja continuidade no processo de reformas é justificada", disse.
Luís Amado acrescentou que os responsáveis turcos lhe manifestaram "a vontade de continuar nesse processo".
A adesão da Turquia à UE foi sempre apoiada por países como Portugal, Reino Unido ou a Espanha, mas conta com a oposição clara de países como a França ou a Áustria.
Depois de abertas as negociações em Outubro de 2005, o processo sofreu um grave revés em Dezembro de 2006 quando, devido à recusa de Ancara em abrir os seus portos ao Chipre (membro da UE desde 2004), Bruxelas decidiu congelar oito dos 35 capítulos da negociação.
Luís Amado afirmou que não abordou a questão da ameaça turca de invadir o Norte do Iraque com o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdoğan. Mas disse-se confiante de que a visita de Erdoğan aos Estados Unidos, Domingo, permita "encontrar um quadro político e diplomático mais favorável para uma solução que impeça uma invasão".
"Queria sublinhar que a realização desta conferência é, em si, um elemento importante na avaliação da situação entre a Turquia e o Curdistão. As declarações que foram feitas e os compromissos assumidos por parte do Iraque e dos países vizinhos faz-me supor que esta conferência vai ter um efeito positivo", disse Luís Amado.
Luís Amado participou na reunião de Istambul que juntou representantes dos países vizinhos do Iraque - Turquia, Irão, Kuwait, Arábia Saudita, Bahrain, Jordânia e Síria - e do próprio Iraque, assim como a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Amado integrou a delegação da União Europeia que incluía, além do ministro português, na qualidade de presidente do conselho de ministros da União Europeia, a comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner.

(Fonte: Diário Digital)

03 novembro 2007

Soldados turcos capturados pelo PKK serão libertados amanhã


Os oito soldados turcos feitos prisioneiros pelo PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), serão entregues no Domingo a deputados curdos do DTP (Partido para uma Sociedade Democrática) que viajaram até ao norte do Iraque, informou hoje a agência de notícias "Firat", ligada ao PKK.
Esses soldados estão nas mãos dos rebeldes curdos do PKK desde 21 de Outubro, quando o movimento insurgente cometeu um ataque no sudeste da Turquia que matou 12 soldados turcos.
Três deputados do principal partido pró-curdo da Turquia, o DTP (Partido para uma Sociedade Democrática), foram hoje ao Curdistão iraquiano para se assegurarem de que os soldados serão efectivamente soltos. De acordo com a agência, os rebeldes comprometeram-se a entregar os soldados a esses políticos.

(Fonte: AFP)

Iraque começou hoje a aplicar medidas contra o PKK


O Iraque começou hoje a aplicar novas medidas contra os rebeldes separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) refugiados na região norte do seu território, afirmou em Istambul o porta-voz do governo iraquiano, Ali Dabbagh.
"É um plano que começou hoje, Sábado, na região do Curdistão. Hoje é o primeiro dia da sua entrada em vigor", afirmou Dabbagh à margem da conferência internacional dos países vizinhos do Iraque, que está a decorrer em Istambul.
"Foram adoptadas medidas de segurança. O controle de qualquer pessoa suspeita de ser membro do PKK na região do Curdistão e em todo o Iraque", acrescentou.

(Fonte: AFP)

Foram encerrados no norte do Iraque escritórios de partido ligado ao PKK


As autoridades da região autónoma do Curdistão iraquiano (norte do país) fecharam hoje os escritórios de um partido ligado aos separatistas curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), na cidade de Erbil.

"Decidimos fechar os escritórios de partidos políticos simpatizantes do PKK", afirmou uma fonte dos serviços de segurança do governo do Curdistão iraquiano.
"Começamos esta manhã a fechar as bases do partido Al Hal (Partido para uma Solução Democrática no Curdistão), em Erbil, e prenderemos os membros deste movimento se continuarem com as suas actividades", declarou a mesma fonte.
Os escritórios do Al Hal também serão fechados em Suleimaniya e Dohuk, as outras duas principais cidades do Curdistão iraquiano.
O anúncio foi feito pouco depois do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, ter exigido a adopção de medidas urgentes contra os grupos terroristas que utilizam o território iraquiano para atacar os países vizinhos.
"O facto das organizações terroristas baseadas em certas regiões do Iraque provocarem danos nos Estados vizinhos é uma questão que precisa de medidas urgentes e substanciais", declarou Erdoğan no discurso de abertura da sessão de hoje da conferência ministerial dos países vizinhos do Iraque e das grandes potências, em Istambul.
A Turquia ameaça executar uma acção militar contra as bases que o PKK tem no norte do Iraque. Ancara acusa os Curdos do Iraque, aliados dos Estados Unidos, de oferecerem refúgio aos rebeldes do PKK, além de fornecerem aos mesmos armas e explosivos.
Também na conferência, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, afirmou ser inaceitável o uso, por parte dos rebeldes separatistas curdos, do território iraquiano para a execução de ataques na Turquia.
O secretário-geral defendeu ainda a criação de mecanismos de cooperação entre a Turquia e o Iraque para garantir a segurança da fronteira entre os dois países.
"É claramente inaceitável que o território iraquiano seja utilizado para que se cometam ataques, e compreendemos as inquietações da Turquia", disse Ban ki-moon, diante dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Iraque, dos países vizinhos, dos países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, assim como do G8.

(Fonte: AFP)

Luís Amado está em Istambul para participar na II Conferência Ministerial dos Países Vizinhos do Iraque

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, partiu ontem para Istambul a fim de participar na qualidade de presidente do Conselho da UE na II Conferência Ministerial dos Países Vizinhos do Iraque.
Conforme informou o gabinete do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros em comunicado, para além da Presidência Portuguesa da UE, também o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, os Secretários Gerais da Liga Árabe e da Conferência Islâmica, Condoleeza Rice, pelos Estados Unidos, Seguei Lavrov, pela Federação Russa e a Comissária europeia Benita Ferrero-Waldner estarão entre os participantes desta II Conferência que irá analisar os mais recentes desenvolvimentos da situação no Iraque e, naturalmente, a situação Turquia-Iraque. Presentes, ainda, estarão os ministros dos Negócios Estrangeiros do Bahrein, Canadá, Egipto, França, Alemanha, Irão, Iraque, Itália, Japão, Jordânia, Kuwait, Arábia Saudita, Síria, Turquia e Reino Unido.
À margem desta reunião, Luis Amado, terá hoje encontros de trabalho com as autoridades turcas: com o presidente Abdullah Gül, com o primeiro-ministro Tayyip Erdoğan e com o seu homólogo Ali Babacan e reunirá ainda com a comissária Benita Ferrero-Waldner.

(Fonte: Jornal Digital)

02 novembro 2007

Rice: EUA vão redobrar esforços contra o PKK


A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, prometeu esta sexta-feira redobrar os esforços norte-americanos para ajudar a Turquia a ultrapassar a questão dos rebeldes do PKK, depois de uma reunião com o chefe da diplomacia turca, Ali Babacan.
"Vai ser preciso perseverança. É um problema muito difícil (...). Erradicar o terrorismo é complicado", reconheceu Rice durante a conferência de imprensa conjunta com Babacan.
"Ninguém deve duvidar da determinação dos Estados Unidos sobre este problema. Temos um inimigo comum e precisamos de uma atitude comum", avisou ainda a secretária de Estado norte-americana.
Rice acrescentou que "o Iraque não será lugar onde uma organização terrorista encontre abrigo" e que, apesar do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) já existir antes da incursão norte-americana no Iraque, Washington tem agora "obrigações".
"Os Estados Unidos estão determinados a redobrar os esforços" de ajuda à Turquia, confirmou Condoleezza Rice.
A Secretária de Estado apelou contudo ao Exército turco para que não faça uma incursão militar no Curdistão iraquiano, base de apoio da acção rebelde em território da Turquia, para não "destabilizar mais" o Iraque.
Para Ali Babacan, "o tempo das palavras" terminou, sendo necessário passar à acção contra os rebeldes curdos refugiados no norte do Iraque.
"A administração norte-americana tem um papel crucial", disse ainda o ministro turco, sublinhando que Ancara "espera muito dos Estados Unidos".
A visita de Rice à Turquia antecede o encontro entre o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, e o presidente norte-americano, George W. Bush, segunda-feira, na Casa Branca.
Rice deve também encontrar-se com o presidente da Turquia, Abdullah Gül, antes de assistir à conferência internacional sobre o Iraque de hoje e Sábado em Istambul.
O governo turco mobilizou 100.000 soldados para a fronteira com o Iraque desde a Primavera passada e prepara-se para combater o PKK no norte iraquiano, acusando Bagdad de não fazer o suficiente para evitar as incursões rebeldes na Turquia.
A tensão mais recente entre a Turquia e os rebeldes do PKK começou com a emboscada a 21 de Outubro, em Hakkari, que matou 12 soldados turcos e fez oito prisioneiros.
Desde então, o exército turco afirma já ter morto 80 rebeldes curdos.
A luta armada entre o exército turco e o PKK teve início em 1984 e já matou mais de 35.000 pessoas.

(Fonte: Diário Digital)

EUA prometem à Turquia acção “efectiva” contra o PKK


Os Estados Unidos prometeram hoje acção “efectiva” contra os rebeldes curdos que lançam ataques contra a Turquia a partir do norte do Iraque, mas advertiram Ancara contra acções militares que possam desestabilizar a área.
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, de visita à Turquia no meio de um crescente sentimento antiamericano no país, classificou o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) como um “inimigo comum”. No entanto, não quis dizer que tipo de acção está a ser considerada. Ancara avisou que levará a cabo acções militares no norte do Iraque, a não ser que os EUA e as autoridades iraquianas controlem os cerca de 3000 guerrilheiros do PKK que se estima que usem o norte do Iraque como base para ataques em território turco.
A Turquia enviou 100 mil soldados para a fronteira com o Iraque, apoiados por tanques, artilharia e aviação, apesar do Iraque e os EUA pediram a Ancara para travar uma intervenção militar em larga escala.

(Fonte: Público)

Condoleezza Rice está em Ancara para conversações sobre os rebeldes curdos do PKK


A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, chegou hoje a Ancara com o objectivo de convencer as autoridades da Turquia, aliada de Washington, a desistir de uma acção militar contra os rebeldes curdos do PKK no norte do Iraque.
Rice reuniu-se com o presidente turco Abdullah Gül, com o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdoğan e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ali Babacan.
Rice declarou aos jornalistas que a acompanhavam no avião a intenção de tentar convencer os Turcos a renunciarem a uma operação militar no Iraque, que ela pensa ser "desestabilizadora", já que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) é, na sua opinião, tão inimigo da Turquia como dos Estados Unidos e do Iraque.

(Fonte: AFP)

01 novembro 2007

Turquia nega ter fechado espaço aéreo a voos para o norte do Iraque


O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, desmentiu nesta quinta-feira informações divulgadas pela imprensa do país de que Ancara teria determinado o encerramento do espaço aéreo aos voos civis com destino ao Curdistão iraquiano. "Não tomamos tal decisão", disse.
No entanto, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ali Babacan, deu a entender que a informação divulgada pelo canal de televisão NTV, estava correcta, ao afirmar que Ancara começou a aplicar medidas contra o norte do Iraque, sem divulgar outros detalhes.
"Aconteceram restrições temporárias no passado, por motivos técnicos, e isso pode voltar a acontecer no futuro", destacou.
Com base em fontes do governo, a NTV informou que o encerramento do espaço aéreo turco afectava apenas o norte do Iraque e figurava entre as sanções decididas na quarta-feira pelo governo turco contra o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e os seus "associados", ou seja, os grupos curdos que governam a região.

(Fonte: AFP)