21 outubro 2007

Rebeldes curdos mataram 12 soldados turcos e feriram 16


Doze soldados turcos foram mortos por rebeldes curdos, durante a noite, junto à fronteira iraquiana. Dezasseis foram feridos e cerca de uma dezena estão desaparecidos.
Esta emboscada pode precipitar a iminente incursão militar da Turquia no Curdistão iraquiano, para eliminar bases rebeldes curdas. Bagdad já apelou à contenção e ao diálogo com Ancara. Washington teme também a desestabilização do norte do Iraque. Mas o sinal para avanço das tropas turcas pode ser dado a qualquer momento, uma vez que o primeiro-ministro turco esteve reunido hoje com as chefias militares durante duas horas e meia para discutir esta situação.
A emboscada levada a cabo durante a noite por rebeldes do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) contra soldados turcos, nas montanhas junto à fronteira com o Iraque, ameaça desencadear o que se temia: as tropas turcas que há poucos dias receberam autorização para penetrar em território do norte iraquiano podem ter agora a esperada ordem de marcha do primeiro-ministro turco.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, convocou uma reunião de crise com o general das Forças Armadas, Yaşar Büyükanıt, e com o presidente da República, Abdullah Gül, que terminou há pouco tempo, para decidir quais os passos seguintes, numa altura em que é enorme a pressão da opinião pública interna com vista a uma vasta operação turca contra os rebeldes curdos no norte do Iraque.
No Sábado, o Parlamento iraquiano rejeitou a ameaça de incursão turca e pediu diálogo às autoridades de Ancara. O líder da região autónoma do Curdistão já fez saber que os curdos iraquianos estão preparados para se defender de um ataque turco e que não querem ser vítimas de uma guerra entre o PKK e a Turquia. O aviso foi feito depois de se ter reunido com o presidente iraquiano Jalal Talabani, também ele um Curdo, e um dia depois de milhares de Curdos terem saído à rua em protesto contra uma incursão da Turquia.

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