23 outubro 2007

Lisboa condena PKK e apela ao diálogo Turquia-Iraque

A presidência portuguesa da UE condenou ontem o ataque do PKK, saldado em 12 soldados turcos mortos, saindo em apoio da luta anti-terrorismo da Turquia e apelando ao diálogo Ancara-Bagdad para evitar a guerra no norte do Iraque.
Em comunicado, a presidência da União Europeia reprovou a "violência terrorista" do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão, a operar em território turco a partir de bases de retaguarda no norte do Iraque.
Em nome dos 27, foram enviadas "sentidas condolências aos familiares dos mortos" e uma mensagem de "solidariedade" aos feridos.
A presidência "lamenta profundamente o sofrimento infligido pelos actos terroristas e a perturbação causada ao país em geral".
O documento apela à comunidade internacional e, em particular, aos actores regionais para "apoiarem o esforço turco no combate ao terrorismo e protecção da população, dentro do respeito pela lei".
O apelo é extensivo à preservação da "paz e estabilidade internacional e regional", insistindo na "contenção" em "acções militares desproporcionadas".
Para a presidência da UE, qualquer passo em falso "será uma vitória para a estratégia de violência do PKK".
Lisboa considera da maior importância o "fortalecimento do diálogo e da cooperação entre os governos turco e iraquiano para resolver o problema".
Bagdad e o executivo regional do Curdistão são instados a "fazerem respeitar a inviolabilidade da fronteira turca" e a garantir que "o território iraquiano não será usado para acções violentas" contra o vizinho do norte.
Além dos 12 soldados turcos mortos Domingo na emboscada perto da localidade de Daglica (sudeste da Anatólia), o PKK capturou mais oito militares, que segundo os guerrilheiros separatistas estão a ser tratados de acordo com a Convenção de Genebra, relativa a prisioneiros de guerra.
Um comunicado do exército turco precisa que 32 guerrilheiros também foram mortos no decurso de uma operação militar de grande envergadura lançado na sequência da emboscada.
O exército está desde a semana passada autorizado pelo Parlamento turco a lançar, no período de um ano, uma operação de limpeza das bases do PKK no Curdistão iraquiano.

(Fonte: Diário Digital)

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