27 outubro 2007

Curdos iraquianos temem ataque e dizem que a Turquia tem muito a perder


Os Curdos iraquianos temem uma ofensiva turca "a qualquer momento", no âmbito do combate aos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), como disse na noite de sexta-feira o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan.
A Turquia é responsável pelo envio de produtos consumidos diariamente pelos Curdos, e as suas empresas constroem estradas, aeroportos e casas na região fronteiriça.
Ao visitar uma loja ou supermercado nas cidades de Erbil e Suleimaniya, no Curdistão do Norte, é possível constatar que sabões, detergentes, diversos tipos de alimentos, pilhas, baterias, ferramentas, remédios e artigos de consumo diário são fabricados na Turquia.
Os produtos turcos são também de qualidade muito superior aos de outros países vizinhos, como Síria e Irão.
O ministro turco do Comércio, Kürşad Tüzmen, disse esta semana que o país vendeu bens por um valor de US$ 2,7 biliões no último ano ao Iraque, e que as empresas de construção têm contratos avaliados em US$ 4 biliões.
Comparado com o sul do Iraque, onde a violência deixa a economia paralisada, o norte curdo conta com vários projectos, novos hotéis, estradas e edifícios residenciais.
Fontes do Governo autónomo curdo disseram que existem 400 empresas turcas de praticamente todas as áreas de actuação com investimentos no Curdistão iraquiano, com contratos que representam um volume de US$ 3 biliões.
Entre os projectos mais importantes, estão o novo aeroporto de Erbil, a ponte elevada de Suleimaniya e construções residenciais.
Por isso, o encerramento da principal passagem fronteiriça entre a Turquia e o Iraque, e o cancelamento de contratos de construção de empresas turcas, medidas propostas para pressionar o país árabe a combater o PKK, são consideradas negativas tanto para a população iraquiana como para as empresas turcas.
Tüzmen reconheceu os enormes lucros que a Turquia obtém no Iraque, mas disse que "(os lucros) perdem todo o significado quando o país (Turquia) está em jogo".
Uma fonte do Gabinete do primeiro-ministro curdo afirmou que o nacionalismo da Turquia supera os interesses de suas empresas, porque o que realmente incomoda o país é o crescimento da Região Autónoma do Curdistão.
A região possui dois grandes partidos curdos, o Partido Democrático do Curdistão (KDP) e a União Patriótica do Curdistão (UPK), que controlam toda a área.
Segundo a fonte, a Turquia teme que o modelo do Curdistão iraquiano seja seguido pelos Curdos que vivem no país.
O jornal curdo "Hawlati" assegurou que o PKK incluiu entre as suas últimas reivindicações, não apenas a melhoria das condições dos curdos da Turquia, mas também que Ancara reconheça o Governo autónomo curdo do Iraque.
No entanto, o Executivo de Erdoğan segue exactamente na direcção contrária e vetou a presença de qualquer representante autónomo curdo nas negociações de sexta-feira e hoje entre Iraque e Turquia.
O Governo iraquiano tem pouco controle da região, onde até as unidades do Exército são curdas e obedecem aos seus respectivos partidos, KDP e UPK, mesmo que nominalmente sejam dependentes do comando central iraquiano.

(Fonte: Efe)

1 comentário:

Alberto Cárdenas Almeida disse...

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