17 novembro 2006

O conflito israelo-palestiniano na agenda da Aliança das Civilizações

Segundo o plano de acção da Aliança das Civilizações, apresentado em Istambul na segunda-feira ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, a resolução do conflito israelo-palestiniano é a chave para a melhoria de relações entre o Islão e o ocidente.
O assunto israelo-palestiniano tornou-se o símbolo chave da divisão entre o ocidente e as sociedades muçulmanas e continua a ser uma das mais sérias ameaças à estabilidade internacional, declarou o grupo multinacional de académicos, políticos e líderes religiosos, no plano de acção da Aliança das Civilizações.
“Enquanto os Palestinianos viverem sob ocupação, expostos a uma frustração e humilhação diárias, e enquanto os Israelitas forem detonados em autocarros e em salões de baile, a ira continuará a ser inflamada por todo o lado”, disse Annan depois de receber o relatório, concordando que todos os esforços para a redução das tensões entre o Islão e o ocidente serão em vão, se não houver uma solução para esse conflito.
“O que está no centro da crescente ruptura entre o ocidente e o mundo islâmico, não são as diferenças de crença religiosa, mas a forma como os crentes se tratam uns aos outros”, disse também Annan. “Devemos começar por reafirmar e demonstrar que o problema não é o Corão ou a Torá ou a Bíblia.”
“A globalização tem propagado doenças antigas em todo o mundo, tais como a violência. Existe a necessidade de uma resposta global a essa ameaça global. A Aliança das Civilizações é essa resposta”, disse o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdoğan na segunda-feira.
Por seu turno, Jose Luis Rodríguez Zapatero disse estar confiante no sucesso da iniciativa. “Algumas pessoas vêem a Aliança das Civilizações como uma utopia [...], mas existem no mundo real alguns exemplos de coexistência pacífica entre pessoas e civilizações,” disse.

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